Wednesday, October 10, 2007

nada a dizer

Texto 10 10 07


Gostava de escrever, poemas um dia,
Para já fico por juntar letras,
Quem sabe talvez consiga,

De manhã acordo
À noite durmo

Durante o dia percorro as pisadas de quem já andou muito
Para não me enganar no caminho
Às vezes tento ir por um caminho novo,
Mas,
De repente,
Digo,
Não vás por aí.

E a relevância disto?

Quem quer saber, como diria o dueto Mafalda veiga e … o outro .

Palavras ficam escritas não as leva o vento como diziam os antigos,
Mas qual a relevância de deixar algo escrito?

Uns dizem que é para arrumar as ideias, outros com egos mais bem posicionados diriam que é para o exaltarem, ou talvez só para comunicarem, escrever tem coisa, não é para todos, nem para mim.

Tu tens vontade de escrever e derrepente dizes, vou escrever um blog, porquê?
Sabes de ante mão que um blog pode ser acedido por outras pessoas e são é porque és vaidoso e te achas muitoi bom então para quê dar a conhecer as tuas ideias?

Queres comunicar?

Queres que os outros te admirem pelo que consegues de tão belo pensar?

Queres publicar?
Sentir-te um escritor
Um artista das letras

E se és alvo de um comentário então o teu ego sobe

E porquê

Quer dizer

Afinal até sou interessante, alguém dá por mim e se interessa, alguém repara que eu existo e vem ver o que eu escrevo.

O que tu deves saber é que é difícil alguém dar por ti, por que isto dos blogs é um circuito em que tu não sabes à partida quais blogs que existem e existem muitos, mas é a sorte a funcionar em conhecer este ou outro qualquer, o que te faz lá ir parar são palavras chave que casuisticamente coloca sno motor de busca, ou então vais parar a um de um amigo que sabes que tem aquele blog, ou então procuras por temas que te interessem

À partida ningué, sabe que eu existo.
Quando um livro é publicado a pessoa faz uma apresentação do livro com um dia específico para o dar a conhecer ao público quer seja num evento da especialidade, ou num local especifico, recorre a anúncios televisivos, enfim dá-se a aconhecer,
O blog simplesmente está lá, à espera que alguém um dia o vá ver.

Não é mais que um diário que passou da forma romântica de caderninho patético em que as adolescentes escreviam as suas histórias de amor pueril e escondiam debaixo da almofada para todas as noites repetirem o ritual, para a forma moderna de suporte digital, mas não deixa de ser igualmente patético, igualmente se regista o pensamento quotidiano, que serve a ideia de que nos estamos a transformar em intelectuais de peso por todos os dias lá oferecermos qualquer coisa do nosso pensamento aqueles que por lá se passeiam.
Escrevemos, postamos, registamos, acontecmentos diários da nossa experiência e que o nosso consciente e incostciente acham que vai fazer rir alguém, vai ter piada, somos bons, epá, como se nota pela escrita, já estou farta de escrever.
Quando isso acontece a escrita começa a deixar de obedecer às regras do bom português e o raciocínio deixa de mostrar-se esclarecido, parece perdido, e anda, regista só imagens por palavras, algo que não consegue explicar o que se quer, mais valia uma imagem, mas uma imagem não diz o que quero dizer, é confusão total.
Mais vale não avançar mais.

1 comment:

Barba Rija said...

Depois sou eu que ando a brincar com o meu tempo...